4 fatos para inovar em meio à crise
Você deseja inovar em meio a crise, mas tem com medo de arriscar? Não sabe por onde começar? Então, veja fatos que merecem sua atenção!
Inovar em meio a crise não é uma tarefa fácil. E particularmente, sempre serei uma entusiasta da Inovação, assim como muitos empreendedores que admiro.
Não acredito apenas na inovação disruptiva, ou seja, naquelas que trazem mudanças impactantes.
A inovação incremental, que apesar de ser menos reconhecida, também tem papel importante para o progresso, diferenciação das empresas e daquilo que elas levam para o mercado.
Percebo esta preocupação no momento que vivemos e acredito ser muito importante, especialmente para as pequenas empresas.
Então, veja como Inovar em meio a crise a seguir!
Entenda também o que é Inovação Consciente.
Será que é seguro mesmo inovar em meio à crise?
Na verdade, é muito mais que uma preocupação, ainda mais que para alguns empreendedores é um mundo desconhecido, pois não sabem por onde começar e acreditam que inovar não é para eles.
Outros, enxergam como algo complexo, caro e preferem nem iniciar. Ainda há aqueles que enxerguem a situação de forma tão séria, que mesmo ansiosos, não se sentem motivados para mudanças, por isso, nem analisam a possibilidade de investir.
Então, inovar é para quem? Será que é o momento certo?
Para responder, preciso apresentar quatro fatos que ajudarão a definir se é ou não é o momento ideal de inovar em sua empresa.
Mas antes, é preciso entender que nem sempre, a Inovação é garantia de melhoria no caixa da empresa, afinal, se for mal aplicada, ela pode não trazer bons resultados e se tornar um rombo nos negócios.
Vou exemplificar dois casos para você entender melhor!
O primeiro de uma pequena empresa de refrigerantes regional e o segundo da gigante global – da mesma área – a Coca-Cola.
A inovação os deixou a beira da falência
Uma pequena empresa de refrigerantes regional resolveu inovar há alguns anos e foi num momento em que as latinhas eram o grande lançamento do mercado.
Com um bom dinheiro em caixa, a empresa decidiu investir suas fichas na compra de uma máquina que permitia envasar seu refrigerante (muito admirado pelo seu público) nas latinhas.
A tubaína, era um sucesso na linha de 2 litros pet. Então, por que não apostar em latinhas e inovar em segmento?
Explico:
- Embalar em pet custava barato e permitia vender seu produto nas prateleiras quentes dos supermercados pela metade do preço da Coca-Cola, por exemplo.
- Para conseguir vender latinha tendo um lucro mínimo, era preciso vender a mesma quantidade de seu refrigerante enlatado com o preço da sua renomada concorrente global.
- Normalmente, as latinhas não são vendidas quentes, pois na sua maioria, são para consumo imediato e desta forma, investir em freezers exclusivos para os pontos de venda era necessário.
Com isso os custos foram para as alturas e as vendas, ainda não saíram como esperado. No entanto, na hora de escolher no estabelecimento para consumir na rua, a tradicional tubaína não teve sucesso, afinal não agregava status.
A marca tubaína em pet 2 litros, mais barata, para a mesa dos almoços em família, fazia sucesso, agora, a latinha para consumir em público não, mesmo sendo mais barata.
Consequência: a empresa levou anos para recuperar o grande prejuízo e adotar estratégias que permitissem permanecer no mercado.
O que podemos aprender com este caso de fracasso em inovação?
Lançar um produto, sem reconhecer posicionamento da marca e necessidades do seu público, pode não ser um bom negócio.
E isso vale para qualquer momento, ainda mais para tempos de crise, onde o caixa da empresa pode estar em sérios riscos.
Coca-Cola e seu inacreditável fracasso ao lançar um novo produto
O outro case é da Coca-Cola que lançou um produto chamado New Coke, para substituir a tradicional nas prateleiras.
Apesar de ter sido um sucesso nas pesquisas de lançamento, o público repudiou o produto ao saber que seria o responsável por tirar a amada e tradicional Coca-Cola das prateleiras.
A marca precisou recuar e perder os milhões investidos no lançamento.
OS 3 ERROS CLÁSSICOS
Cada empresa e contexto precisam ser avaliados com sensibilidade e previamente. Agora não é diferente.
Uma crise, quanto mais complexa e desconhecida, mais necessita de cuidados junto a inovação.
Ao mesmo tempo que pode ser o grande trampolim como foi para AIRBNB e UBER na primeira década do milênio, pode ser a razão para marcas e seus produtos desaparecerem.
Para não cometer os erros mais comuns, antes de inovar na crise, você precisa se atentar para alguns fatos:
1 – Cenário Financeiro e Planejamento de Caixa
Praticamente todas as previsões realizadas desde o início da crise vem sendo semanalmente atualizadas. Ou seja: previsões anteriores precisaram de correção pela instabilidade e mudanças constantes do cenário.
Desta forma, fica difícil saber quando voltaremos a estabilizar ou crescer. Portanto, o caixa da empresa não deve ficar comprometido devido investimentos que possam ser duvidosos em termos de retorno.
Calcule muito bem quanto investir sem comprometer a vida financeira do seu negócio.
Lembre-se: inovar é o que mais traz retorno às empresas a curto ou longo prazo, mas normalmente pode estar relacionado a algum tipo de risco.
Para diminuir os riscos:
- Muito estudo e observação de mercado.
- Cálculos precisos junto aos investimentos para o lançamento.
- Planejamento conservador e otimista junto ao caixa.
- Prototipação do produto ou serviço antes do lançamento.
2 – Observação de Tendências de Comportamento
As pessoas vêm mudando percepções e comportamentos de consumo e nos casos que vimos acima, onde o comportamento das pessoas não sofreu mudanças impactantes já foi fácil errar, imagine agora!
E aqui, a melhor forma de corrermos o menor risco, é ter sensibilidade junto às mudanças de comportamento.
As pessoas estão deixando de valorizar algumas coisas e passam a valorizar outras. Saúde, por exemplo, especialmente quando se trata de prevenção, vai bombar! Alguma dúvida?
Será que o mesmo vale para compras de artigos “fast fashion”?
Opções de canais para convivência estão super em alta. Especialmente os seguros (ao ar livre ou individuais) e digitais.
Neste momento, é importante que você analise o que seu público passou a valorizar e apostar nisso!
3 – Não controlar as emoções
É muito fácil paralisar frente a uma crise, especialmente se focarmos nos problemas e números reforçados pela mídia constantemente.
A oportunidade aqui, é deixar de lado algumas emoções e partir para outras. Por exemplo:
- Não dê atenção exagerada para fatos que você não pode mudar. Ao invés disso, estude mais, se dedique mais, repense o que você pode e deve mudar no seu negócio.
- Saia da sua rotina operacional. Novos problemas no mercado podem representar novos problemas na sua empresa, mas também podem ser uma grande oportunidade para ela. Afinal, consumidores com novos problemas, precisam de novas soluções e será que não está aí a sua guinada para a inovação?
- Busque a coragem! E para isso, você precisa estar munido de conhecimento, o que traz maior segurança para mudar. Além disso, a palavra coragem, vem de coração. Será que então não está na hora de revisar o propósito do seu negócio para se entregar mais para ele? Só uma dica 😉
Não deixe de sonhar!
A inovação está diretamente relacionada com a nossa intuição, além das demais análises que já falamos, já que os grandes inventores e inovadores acreditaram no que mais ninguém havia acreditado ou até imaginado até aquele momento.
Crises não parecem ser momentos de sonhos. Mas me responda porque não? Não é quando a realidade está caótica que nossos sonhos podem nos tirar dela?
Tenho colocado isso em prática e vem funcionando: sair do real, da rotina e ir para o ideal. Esse é o primeiro passo no caminho para a realização dos nossos grandes feitos e dos nossos sonhos.
Bem, eu desejo que este texto te inspire a colocar o pé no chão, mas com tanta força que te permita ser o impulso que precisas para voar.
Compartilhe o texto com seus amigos em suas redes sociais favoritas. Siga meus perfil no Instagram.